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Registros Visuais

Habana Vieja en la Calle

      Estar em Cuba, mais especificamente em Havana, é estar em dois mundos, um mundo da vida real e um mundo encantado. Nesses dois mundo há inclusive, duas moedas o CUC (dinheiro turístico) e o CUP (dinheiro da vida real). O  mundo encantado do CUC é aquele da superfície na qual se permite passar pela da cidade, achando que se trata de uma espécie de museu a céu aberto, onde se pode fumar os melhores charutos do mundo e banhar-se em aguas caribenhas. O mundo da vida real é o mundo do CUP, moeda nacional também conhecida como, peso cubano. É a moeda do dia a dia das pessoas comuns, que tem seu valor de compra 25 vezes menor que o da moeda encantada dos turistas. Nesse mundo da vida real, a saúde e a educação o garantidas pelo estado, porém há uma precariedade grande em vários outros setores por conta do embargo norte americano, sobretudo no que diz respeito ao consumo básico. Nesse mundo real, sustentado pela vivência cotidiana dos cubanos, as pessoas não fumam charutos originais de La Casa del Habano e o salário mínimo é 12 CUCs, o equivalente a 12 Euros, preço de um excelente charuto, no mercado oficial.  

      Embora eu fosse um turista brasileiro que fuma charuto cubano, fiquei encantado com o mundo da vida real e não o mundo que me cabia, o de turista. Por isso me dediquei a retratar nessas fotografias, o mundo real dos cubanos nas ruas por onde passei. Estive uma semana imerso nas ruas desse mundo tentando entender o comportamento cotidiano dessa gente, que embora pobre, não são violentos, mantém uma auto estima elevada e são aguerridos na defesa de suas ideias.

     Em Havana, cada um e a sua maneira acredita ainda hoje no projeto politico de seu pais, conforme me foi falado por alguns cubanos com quem tive a oportunidade de conversar nessa viagem. De fato fiquei impressionado com Havana e toda sua riqueza de experiência histórica e orgulho pátrio, por isso fiz esse ensaio fotográfico, onde testemunhei a vida nas ruas da pessoas comuns as quais são investidas de uma beleza natural e possuem muito amor próprio. 

 In Memória de Fernando Mota "Fernandão" 

(Prof. de Sociologia da Arte da UFPE)

Julho de 2017

Sergio Luiz Silva

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